A Capes anunciou mudanças na forma de avaliação das revistas para o novo quadriênio. Isso mesmo, pesquisadores e pesquisadoras! Um documento oficial foi divulgado em 03 de outubro de 2024 anunciando mudanças significativas na forma de avaliação das revistas, que promete impactar em mudanças bruscas!
Ciclo avaliativo 2025-2028
As mudanças envolvem a avaliação dos Programas de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em todo país, incluindo a maneira como os periódicos serão avaliados. De modo geral, o Ofício aponta 4 pontos para o ciclo avaliativo:
- Metodologias de Avaliação;
- Impacto;
- Excelência na PG;
- Classificação de artigos.
O que o documento diz sobre cada item para os PPG?
Metodologias de Avaliação: necessidade de indicação na ficha, pelas áreas, da metodologia que será adotada para avaliar os indicadores qualitativos e quantitativos.
Impacto: foram debatidos os parâmetros comuns sobre como as áreas devem avaliar os casos de impactos resultantes das ações dos Programas de Pós-Graduação (PPG)na sociedade.
Excelência na PG: sugestões de outras dimensões, além da internacionalização, comuns a serem consideradas na atribuição das notas 6 e 7 aos PPG.
As mudanças na Classificação das Revistas
Classificação de artigos: para o Quadriênio 2025-2028, uma das etapas da avaliação dos PPG, que classifica os veículos de publicação de artigos (Qualis periódicos), terá uma nova sistemática denominada classificação de artigos.
O principal conceito dessa mudança consiste em focar na classificação do artigo e não do veículo onde ele é publicado. Nessa abordagem, os veículos não serão mais classificados com os estratos Qualis.
Estão previstos três procedimentos de classificação dos artigos (as áreas têm autonomia para utilizar qualquer procedimento e suas combinações), a saber:
Procedimento 1: Classificação do artigo pelos indicadores bibliométricos do periódico (metodologia estatística que preserva os preceitos da metodologia atual).
Procedimento 2: Classificação do artigo por indicadores bibliométricos diretos do artigo (índice de citação e altimetria, para a análise quantitativa) e classificação do artigo por critérios qualitativos do veículo (critérios de indexação, valorização de periódicos nacionais, acesso aberto, dentre outros, cujos fatores e metodologias serão divulgados pelas áreas de avaliação); e
Procedimento 3: Análise qualitativa de artigos, baseada em fatores e metodologias definidos pela área que podem abarcar uma análise de pertinência temática, avanço conceitual proveniente do trabalho, dentre outros).
O que isso quer dizer, afinal?
A tentativa da Capes é diminuir os periódicos chamados de predadores. Então, a finalidade é manter um parâmetro avaliativo que seja mais coerente. Entretanto, dúvidas e questionamentos vem aparecendo em algumas comunidades acadêmicas.
Diversos questionamentos surgiram entre pesquisadores e pesquisadoras sobre como isso pode acarretar não apenas uma sobrecarga dos autores dos textos, que terão que “propagandear” suas produções, bem como isso pode provocar uma exclusão de tantos outros pesquisadores e pesquisadoras que não estão nos grandes centros ou em lugares de destaque.
Essas proposições surgem, pois os indicadores biométricos geralmente incluem revistas em que só publicam doutores e doutoras que já estão em algum PPG (principalmente de IES pública) e indexadores que são extremamente burocráticos para aceitar revistas (ainda que já tenham um bom tempo de existência). Além dessas preocupações, existe ainda outras, tais como as citações serão utilizadas e a desistência da pesquisa por pesquisadores iniciantes.
É preciso aguardar, agora, os parâmetros de cada procedimento, mas as dúvidas já iniciaram.
Renato Dering.
Professor universitário. Pós-Doutor em Estudos de Linguagens e Doutor em Letras e Linguística. É também idealizador do Instituto Dering Educacional.
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