O tema do Enem 2024 trouxe para debate os Desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Essa discussão surge no ano em que foi instituído pela Lei 14.759/2023 o feriado nacional do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
Herança africana no Brasil
A herança africana no Brasil está marcada em nossa história, sendo fundamental para nossa compreensão de Brasil. Nossa formação cultural e social dialoga diretamente com diversas histórias de África que chegaram ao Brasil. Assim, tais influências perpassam desde culinária, até as músicas, as danças, as religiões e tantas outras crenças e manifestações populares.
Sem dúvida, a presença africana contribuiu para a construção e solidificação de uma identidade brasileira que é plural, refletindo nas formas as quais nos posicionamos e nos expressões por meio da cultura hoje. Por isso, pensar em valorização dessa cultura é também compreender e reconhecer que suas constribuições estão diluídas em nosso cotidiano e formaram a sociedade brasileira que conhecemos hoje.
Consciência Negra
O feriado instituído pela Lei 14.759/2023 coloca essa discussão em destaque, pois mostra a importância da valorização e do combate à discriminação racial e xenofóbica que ainda ocorre de forma demasiada na sociedade brasileira.
O dia da Consciência Negra era celebrado como feriado, em 20 de novembro, em muitas cidades até 2023. Este ano, passou a ser feriado nacional, sendo um ato para que se possa refletir e reafirmar a importância da herança africana no Brasil e na formação da identidade brasileira.
Redação do Enem
Desafios para a valorização da herança africana no Brasil, tema da redação do Enem 2024, é um marco importante para a sociedade brasileira, mas também para a história da redação do Enem, que, entre outros temas, já trouxe debates pertinentes sobre: xeonofobia, racismo, violência contra mulher e outros.
Vale lembrar ainda que o tema traz um importante diálogo com a Lei 10.639/03, que institui a obrigatoriedade do ensino da temáica História e Cultura Afro-Brasileira. Segundo a lei: “O conteúdo programático […] incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.”.
Temas como o desse ano mostram aos estudantes e aos professores a importância de discussões interdisciplinares. Para além disso, retomam a importância de um ensino mais crítico e reflexivo, tal qual nos coloca a pensar sobre os perigos de uma história única. Isto é, o quanto a história contada de maneira unilateral nos provoca lacunas sociais e culturais devastadoras.
Renato Dering.
Professor universitário. Pós-Doutor em Estudos de Linguagens e Doutor em Letras e Linguística. É também idealizador do Instituto Dering Educacional.
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