A norma padrão da língua é frequentemente vista como a forma “correta” de se comunicar, contudo, não é bem assim. Ela é um parâmetro, o que indica que ela é uma medida. Logo, seu uso depende do contexto o qual você está inserido, bem como com quem você fala. Sabia disso? Por isso, seu uso e relevância podem variar conforme o ambiente o qual está inserido ou que pretende se inserir.
Contextos formais: a importância da norma padrão
Em ambientes formais, como no meio acadêmico, empresarial e em documentos oficiais, a norma padrão se torna essencial. Ela permite que um texto ou uma fala tenha maior clareza, precisão e profissionalismo na comunicação, ajudando a evitar mal-entendidos, bem como a transmitir credibilidade. Por isso, utilizar a norma padrão nesses contextos facilita a compreensão, além de respeitar as convenções sociais que regem a comunicação em esferas mais formais, como apresentações, relatórios e correspondências profissionais.
Contextos informais: a linguagem do cotidiano
Por outro lado, em contextos informais, como conversas entre amigos, redes sociais (que não sejam os ambientes anteriores) ou ambientes descontraídos, a norma padrão pode ser flexibilizada. Nesses casos, gírias, expressões coloquiais e variações dialetais são frequentemente mais adequadas e autênticas. A utilização de uma linguagem mais informal permite uma comunicação mais próxima e pessoal, refletindo a identidade cultural e as relações interpessoais. Portanto, entender quando e como usar a norma padrão é crucial para se adaptar ao contexto e às expectativas da comunicação, equilibrando formalidade e autenticidade.
Norma padrão e “erros de português”
A norma padrão da língua portuguesa é essencial para uma comunicação eficaz, como vimos, mas um ponto de atenção é necessário. Ela estabelece regras gramaticais e ortográficas que garantem clareza e entendimento entre os interlocutores. No entanto, é importante destacar que erros de grafia, como trocas de letras ou omissões, podem prejudicar a compreensão e a credibilidade do texto ou da comunicação em ambientes formais e informais. Por essa razão, é fundamental compreender que o uso de uma linguagem informal não implica necessariamente em erros de grafia.
Renato Dering.
Pós-Doutor em Estudos de Linguagens e Doutor em Letras e Linguística. É também idealizador do Instituto Dering Educacional.
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